José Serra
O senador do PSDB, que já perdeu a disputa pela Presidência para Lula, em 2002, e para Dilma, em 2010, votará no petista na corrida nacional e em Tarcísio de Freitas (Republicanos), candidato de Bolsonaro, na eleição para o Governo de São Paulo. Uma dos principais líderes da história do partido, Serra não conseguiu se eleger deputado federal no pleito deste ano.Helder Barbalho
Reeleito governador do Pará, Helder foi o candidato ao cargo proporcionalmente mais bem votado do país no primeiro turno. "Parece claro haver uma sintonia do MDB com o presidente Lula", disse, em entrevista à Folha, um dia antes do petista publicar agradecimento pelo apoio. "Vamos juntos pelo bem do Pará e do Brasil!", publicou Lula.Tasso Jereissati
Outro senador do PSDB, Tasso Jereissati afirmou, antes de se reunir com correligionários, que defenderia o apoio do partido ao petista. "Minha opinião, não é necessariamente a do partido, é que temos de ir com Lula. Nesses quatro anos, vi a quantidade de absurdos que aconteceram no governo Bolsonaro". Em reunião posterior, o partido optou pela neutralidade.
Simone Tebet
Simone Tebet, presidenciável do MDB derrotada no primeiro turno, selou acordo com Lula em um almoço na capital paulista. Logo depois, a senadora fez um pronunciamento onde oficializou o apoio. "O que está em jogo é muito maior do que cada um de nós", disse. A sinalização abriu uma disputa no partido.
BOLSONARO
Ronaldo Caiado
O governador reeleito de Goiás firmou acordo com o presidente e deve anunciar o apoio oficial ainda nesta quarta (5).
Romeu Zema
Zema, reeleito governador de Minas Gerais no primeiro turno, anunciou que apoia a reeleição de Bolsonaro. O político do Novo tinha se mantido neutro em sua campanha para vencer em um estado que deu preferência a Lula no primeiro turno. Minas Gerais é o segundo maior colégio eleitoral do Brasil.
Rodrigo Garcia
O governador de São Paulo fez uma campanha baseada na crítica à polarização e às brigas políticas. Dois dias após o primeiro turno, ofereceu "apoio incondicional" às candidaturas de Bolsonaro na Presidência e de Tarcísio no governo do estado. A decisão irritou parte dos tucanos, que criticaram a tomada de decisão individual, sem consulta aos integrantes da campanha.
Ratinho Júnior
Após ser reeleito no primeiro turno para o Governo do Paraná, Carlos Massa Ratinho Júnior (PSD) vai apoiar Bolsonaro. A decisão já era esperada. Durante a pandemia, por exemplo, o político não endossou manifestações coletivas de governadores que cobravam atuação mais firme do presidente no enfrentamento à crise sanitária.
Duarte Nogueira
Prefeito de Ribeirão Preto, cidade no interior de São Paulo, o político do PSDB apoiou Bolsonaro à Presidência e Tarcísio ao governo do estado. "Político precisa ter lado. Apoiei e votei nos meus candidatos no primeiro turno. Agora declaro apoio ao presidente Bolsonaro e ao governador Tarcísio de Freitas", disse. Ele justificou a decisão citando a pauta anticorrupção.
Sergio Moro
Moro declarou apoio a Bolsonaro, de cujo governo pediu demissão após ser informado da troca da diretoria-geral da Polícia Federal, ocupada na época por Maurício Valeixo. "Lula não é uma opção eleitoral, com seu governo marcado pela corrupção da democracia. Contra o projeto de poder do PT, declaro, no segundo turno, apoio a Bolsonaro", afirmou.
Deltan Dallagnol
Deputado federal mais votado do Paraná nessas eleições, o ex-procurador da Lava Jato declarou voto em Bolsonaro. "Vou fazer oposição à candidatura do Lula ou ao seu governo", disse em um vídeo publicado no Instagram. "Nós precisamos unir o centro e a direita no Congresso."
QUEM FALTA SE POSICIONAR
União Brasil
Dirigentes do partido divergem sobre o rumo no segundo turno. De acordo com líderes da sigla, a maioria tende a apoiar Bolsonaro, mas o respaldo ao chefe do Executivo esbarra em duas figuras-chave: Luciano Bivar, presidente da legenda, e ACM Neto, candidato ao Governo da Bahia e secretário-geral da legenda.
QUEM DECLAROU NEUTRALIDADE
PSDB
O partido libertou seus filiados para apoiarem Lula ou Bolsonaro após o primeiro turno. Quadros importantes da sigla, como José Serra e Fernando Henrique Cardoso, apoiaram o petista. Outros tucanos, como o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, apoiaram Bolsonaro.
MDB
Na nota que divulgou a decisão dos partidos de liberar o apoio dos filiados no segundo turno, a legenda afirma que cobrará do vencedor a "defesa intransigente da Constituição de 1988 e do Estado Democrático de Direito".
João Doria
Após eleger-se ao Governo de São Paulo com a campanha BolsoDoria em 2018 e romper com o presidente ao longo do mandato, o empresário afirmou que se manterá neutro na escolha entre Lula e Bolsonaro e também entre Haddad e Tarcísio. Ele cobrou que Lula e Bolsonaro apresentem suas propostas de governo.
Mara Gabrilli
Após o partido liberar os filiados em relação a apoio no segundo turno, Mara Gabrilli, que foi candidata à Vice-Presidência na chapa de Simone Tebet (MDB), disse que não dá seu voto para nenhum dos dois candidatos. "Fico ao lado dos brasileiros e apoiarei o governo que defender meus ideais de país: inclusão, ciência, combate à corrupção, à fome e desigualdade. Serei oposição sensata. Serei sempre construção", escreveu no Twitter.
APOIO DOS CANDIDATOS A GOVERNOS
Lula começa o segundo turno das eleições presidenciais com o apoio da maioria dos candidatos a governador que também permanecem na disputa em seus estados. Dos 24 candidatos que disputam o segundo turno em 12 estados, dez apoiam o petista, nove estão com Bolsonaro e outros cinco ainda não indicaram qual posição devem adotar em 30 de outubro.
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