Vilhena, RO - Milhões de pessoas, ou até mesmo bilhões, usam drogas de todos os tipos. Entre drogas ilegais e provindas do submundo, até chegar no cafezinho de cada dia. As drogas podem causar diferentes efeitos para o nosso corpo. Justamente por esses efeitos que elas causam que elas são bastante estudadas, principalmente como forma de tratamento para condições mentais.
Contudo, ao mesmo tempo que o novos medicamentos possibilitaram o avanço da medicina, ele facilitou o aparecimento, o uso e a comercialização de substâncias psicoativas consideradas ilegais, como as drogas sintéticas.
Mesmo que as drogas mais usadas no mundo sejam de origem natural, no caso a maconha e a cocaína, as sintéticas são uma preocupação para as autoridades sanitárias porque o volume delas está crescendo bem rápido e várias estão fora das listas de convenções internacionais de entorpecentes.
Elas também são chamadas de novas substâncias psicoativas (NSP) e são tidas como de alto risco porque ainda se conhece pouco a respeito dos seus efeitos e potenciais danos para a saúde e vida de quem as usa.
Em 2020, 284 milhões de pessoas entre 15 e 65 anos usaram drogas no mundo todo. Essa quantidade foi 26% maior do que a vista na década anterior. Além disso, os jovens já superaram a geração anterior nesse consumo.
Drogas sintéticas
A primeira coisa a se saber é o que são as drogas sintéticas. Elas são feitas através de processos químicos realizados em laboratórios e são diferentes das substâncias de origem natural, que são extraídas de plantas ou fungos.
A classificação delas é feita a partir dos seus efeitos e suas estruturas químicas. São elas: alucinógenos, estimulantes ou depressores. Os grupos mais são os canabinoides, as feniletilaminas e catinonas sintéticos.
Embora elas sejam chamadas de “novas substâncias psicoativas”, várias delas são antigas, mas são usadas para outras finalidades hoje em dia. Como por exemplo, mudar o humor, a percepção ou então para fins recreativos.
Efeitos no corpo
Usar essas substâncias sempre resulta no aumento do risco de vários problemas nos mais diferentes órgãos e sistemas do corpo, além das lesões por conta dos acidentes, agressões e práticas sexuais em situações de insegurança.
De acordo com os especialistas, muitos dos efeitos dessas drogas podem ser desconhecidos. Por conta disso, o diagnóstico e tratamento é dificultado, até mesmo o uso de um possível antídoto que consiga revertê-los em casos de emergência e overdose.
Cada classe das drogas tem mecanismos diferentes que fazem os efeitos serem os mais variados. Veja quais são eles.
Canabinoides
Elas foram criadas para ajudar a entender o mecanismo de algumas doenças, mas começaram a ser comercializadas como substitutos “legais” da maconha, chamado de spice ou droga K.
Por elas simularem os efeitos do THC, que age no sistema nervoso central e também em outros órgãos, alguns sintomas frequentes são: relaxamento, euforia, letargia, alterações na percepção temporal, alucinações, paranoia, boca seca, olhos vermelhos, taquicardia, náuseas e vômitos.
Os efeitos tóxicos dessas substâncias ainda não são totalmente conhecidos, mas existem relatos médicos de quadros de: toxicidade cardiovascular, perda da consciência e coma, depressão respiratória, convulsões, náuseas e vômitos intensos (hiperêmese), psicose (delírio e alucinação) e agressividade.
Feniletilaminas
As estimulantes imitam os efeitos de outras drogas como a cocaína, anfetamina, metanfetamina e ecstasy.
As alucinógenas agem no cérebro provocando alucinações como o LSD, mas também podem ter efeito estimulante.
Dentre os sintomas de intoxicação estão: taquicardia, hipertensão, agitação e/ou agressividade, hipertermia e convulsões, lesões hepáticas agudas.
Catinonas
Os efeitos delas são estimulantes do sistema nervoso central, por isso elas se parecem com as “drogas clássicas”. Elas são parte do grupo das feniletilaminas e são parecidas com as anfetaminas.
Mesmo que elas sejam sintéticas, elas são derivadas de um princípio ativo natural, a catinona, que é encontrada nas folhas de uma planta conhecida como khat (Ctha eduli).
No mercado ilegal, essas drogas são vistas em pó, comprimidos ou pílulas e comercializadas como ecstasy.
Quando procurar ajuda?
Em um mundo perfeito, a melhor coisa a se fazer é não usar essas drogas. E como cada organismo é único, a progressão até chegar na dependência pode ser rápida, da mesma forma que todas as suas consequências trazem.
A busca por ajuda pode ser feita quando a pessoa vê que as atividades do dia a dia estão sendo prejudicadas e que seu organismo já está dando sinais de intoxicação aguda ou crônica.
Essa ajuda pode ser obtida na UBS (Unidade Básica de Saúde) ou no NASF (Núcleo de Apoio à Saúde da Família). Mas o CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) também oferece atendimento dirigido para Álcool e Drogas (CAPS-AD).
Fonte: Fatos Desconhecidos
http://dlvr.it/T55Y9w
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