Etnias indígenas reivindicam área de terras dentro do Parque Aripuanã
Vilhena, RO - Na tarde de ontem, através de videochamada, o jornal entrevistou o procurador da República em Rondônia, Leonardo Caberlon, que veio de Porto Velho até Vilhena, onde indígenas das etnias Cinta Larga e Sabanê ameaçavam guerrear por causa de uma decisão judicial envolvendo uma área de terras reivindicada por ambos os povos.
O representante do MPF chegou quando os Cinta Larga, que ameaçavam entrar na terra dos Sabanê, já haviam sido convencidos a ir embora, mas ele colheu detalhes da desavença entre as duas etnias, que por muito pouco não protagonizaram um ato de violência que ficaria na história de Rondônia e Mato Grosso (ENTENDA AQUI).
Na entrevista a este site, o procurador fez diversos esclarecimentos sobre o caso, explicando que o MPF e outras instituições federais estarão envolvidos nas negociações entre os Cinta Larga e Sabanê, para que o impasse seja resolvido sem violência (CONFIRA ABAIXO, vídeo na íntegra).
COMO COMEÇOU
Na entrevista do procurador e na página do próprio MPF na internet, a celeuma é atribuída à maneira como a informação foi publicada, o que teria levado à reação dos Cinta Larga (VEJA AQUI). Um texto do veterano jornalista Montezuma Cruz, reproduzido por este site e por vários outros, trazia vários detalhes da decisão judicial que dava o primeiro passo para resolver um problema antigo envolvendo os dois povos (CONFIRA AQUI).
O procurador esclareceu, na entrevista a este site, que a primeira decisão judicial (suspensa depois por uma outra) não reconhecia a posse da terra aos Sabanê, mas dava a eles o direito de ter analisado um pedido feito há quase 20 anos e não atendido pela Funai até agora. Eles cobravam estudos para a eventual demarcação das terras.
Dias antes de a ameaça explodir, o jornal alertou sobre o conflito iminente, que já havia mobilizado a PF. Na ocasião, os Sabanê estavam apreensivos com mensagens eletrônicas indicando a possibilidade de seu território ser invadido pelos Cinta Larga (LEMBRE AQUI)
E AGORA?
Segundo explicou Caberlon, os envolvidos na disputa territorial, com o acompanhamento das autoridades, tentarão resolver o problema sem o derramamento de sangue, enquanto a Funai tem mais um ano para acatar a decisão judicial e iniciar os estudos para uma eventual demarcação das terras. A entidade recebeu o pedido dos Sabanê para delimitar as áreas de cada povo em 2005, e agora terá que agir.
CLIQUE ABAIXO e assista a vídeo-entrevista concedida pelo procurador ao editor do Folha do Sul Online, Dimas Ferreira.
Fonte: Folha do Sul
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