“A Polícia Civil de Roraima informa que o motorista E.F.C., de 65 anos, é natural do Estado do Ceará e mora em Roraima”
Vilhena, RO - Viralizou em Vilhena nesta segunda-feira, 29, a imagem dramática de um motorista pendurado em um viaduto ao lado de sua carreta. A cena triste veio acompanhada de uma série de desinformações que tornaram ainda mais trágico o gesto de desespero do homem.
Uma das informações erradas feitas em grupos no WhatsApp era de que o caminhão e a vítima seriam de Vilhena. A redação checou esta afirmação junto à empresa cujo logotipo aparece na lona da carreta, e a transportadora negou conhecer o homem; também disse que o veículo não faz parte de sua frota.
O site consultou ainda vários empresários do setor de transportes em Vilhena, mas nenhum reconheceu o homem. No aplicativo de mensagens, porém, a imagem continuou circulando, acompanhada da informação de que o personagem envolvido na tragédia tinha o apelido de “Celebridade” e era bem humorado, mas estaria enfrentando problemas conjugais. A reportagem não conseguiu confirmar nenhum desses dados.
Foram tantas as fake news envolvendo a tragédia, que até um site de Alagoas publicou reportagem garantindo que o episódio aconteceu hoje na cidade de Messias, na região metropolitana de Maceió, capital do Estado nordestino. O veículo eletrônico alagoano usou um print do mesmo material que viralizou.
Em contato com a Secretaria de Estado da Segurança Pública de Roraima, onde de fato o lamentável episódio aconteceu ontem (e não hoje), o jornal recebeu as seguintes informações oficiais:
“A Polícia Civil de Roraima informa que o motorista E.F.C., de 65 anos, é natural do Estado do Ceará e morava em Roraima.
Na noite de domingo, 28, ele estacionou a carreta que conduzia no viaduto localizado na BR-174, próximo ao bairro Pérola, em Boa Vista, e tirou a própria vida no local.
Foi acionada a perícia criminal e o corpo removido ao Instituto de Medicina Legal, sendo liberado nesta manhã aos familiares para sepultamento.
Os familiares da vítima não foram ouvidos ainda na polícia civil em respeito ao período de luto”.
Fonte: Folha do Sul
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