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Vilhena: dois suspeitos de participação na morte de dentista seguirão presos; ainda não foram confirmados mandante e motivação

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Outro inquérito será instaurado para investigar demais envolvidos, incluindo o contratante do pistoleiro

Vilhena, RO - O site foi um dos cinco veículos de comunicação da cidade que, na manhã desta sexta-feira, 13, participou da entrevista coletiva concedida pelas polícias Civil e Militar na Unisp, em Vilhena, quando detalhes do assassinato do dentista Clei Bagattini, morto há dois meses, foram apresentados. Participaram do evento, o coronel da PM, Diego Batista Carvalho, e os delegados Mayckon Pereira e Núbio Lopes de Oliveira.

O primeiro a falar foi o militar, que fez uma revelação surpreendente, confirmada pelos delegados que comandam as investigações: a ligação de uma pessoa para o número de emergência da PM (190), foi fundamental para que o autor do crime fosse identificado, o que também levou aos outros envolvidos na execução.

O autor da chamada denunciou uma motocicleta suspeita circulando em alta velocidade em uma linha rural no entorno. A partir disso, a PM identificou, com base em outras imagens, a placa do veículo e traçou o trajeto dele. Também conseguiu informações de que a mesma moto chegou a ser trocada por outra, que apresentou defeito, mas foi consertada por pessoas deram apoio logístico ao assassino -que fugiu nesta segunda motocicleta em direção a Jaru.

Carvalho também lembrou a troca de tiros entre o pistoleiro Maico da Silva Raimundo e a Polícia Militar de Jaru, onde ele foi abordado, e garantiu que, embora o aparato inicial envolvido nas buscas tenha sido desmobilizado, os esforços para capturá-lo continuam sendo feitos. “Mais cedo ou mais tarde, ele será preso”, previu o coronel.

OS PRESOS ATÉ AGORA

Neste momento, três pessoas estão presas, e outra está com a prisão decretada (o autor dos disparos que mataram o vilhenense). O casal Raqueline Leme Machado e Maikon Sega tiveram suas prisões temporárias convertidas em preventivas. Ou seja, não há prazo para que os dois deixem a cadeia. Sega é foragido do presídio Urso Branco, de Porto Velho

De acordo com as autoridades, Raqueline, presa junto com o parceiro na zona rural de Colorado do Oeste, será indiciada por participação no assassinato e pelo porte ilegal de uma pistola, que está sem seu nome, mas não foi encontrada. Esta arma de uso restrito pode ter sido usada em outras mortes registradas na cidade.

No dia do crime, Raqueline chegou a marcar um atendimento na clínica de Clei, e teria reservado o último horário. Existe a suspeita de que a intenção seria matar o dentista no final da tarde, caso o pistoleiro, que já tinha garantido o primeiro horário, falhasse em sua missão.

O outro preso é o dono da chácara nos arredores da cidade, onde a troca de motos foi feita. Ele deverá ser solto, mas passará a ser investigado em outro inquérito a ser instaurado para identificar o suposto contratante do pistoleiro e outros envolvidos no caso. De acordo com a investigação, foi naquela propriedade a poucos quilômetros da área urbana de Vilhena que, na noite anterior, o assassinato foi planejado durante um suposto churrasco.

FOI ENCOMENDADO

Em virtude de Maico Raimundo, o matador, não ter qualquer ligação com Clei, e nem motivo para eliminá-lo dentro de sua clínica, a polícia não tem dúvidas de que ele foi contratado para fazer “o serviço”. Envolvido em outros crimes violentos em diferentes cidades de Rondônia, Maico é peça central da investigação, e ajudará a desvendar o assassinato de Bagattini quando for preso e interrogado.

E O MANDANTE?

Embora a casa de um empresário conhecido em Vilhena tenha sido alvo de um mandado de busca, as autoridades o classificaram apenas como “investigado”, evitando dar detalhes sobre a participação dele no caso. Também não foi informada à imprensa a motivação do assassinato.

O suspeito de ser o contratante do pistoleiro foi ouvido e liberado. Há informações não oficiais de que ele já saiu de Vilhena e não está sendo monitorado eletronicamente.

Este suspeito, no entanto, será investigado no novo inquérito que, ao contrário do que está sendo encerrado, tem um prazo maior para ser concluído. A segunda fase da investigação vai mirar também os outros envolvidos no crime, e cujos nomes ainda não apareceram nas investigações.




Fonte: Folha do Sul

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