Meninos receberam proposta para manter relação sexual com homens mais velhos em troca de dinheiro alimentação
Vilhena, RO - Nesta semana, após receber denúncias de que uma mulher e três homens haviam agredido uma pessoa na zona rural de Vilhena, uma guarnição da Polícia Militar foi ao local indicado na chamada de emergência e constatou a veracidade das informações.
Na chácara, que fica na Linha 1 do Setor Vilhena, a vítima, um homem de 40 anos, foi encontrado com ferimentos na cabeça e nos lábios. Ele contou que estava na propriedade, onde foi surpreendido pelos dois homens, de 28 e 37 anos, que estavam acompanhado de uma mulher de 28 anos.
Segundo a vítima, havia outro homem, de 27 anos, que permaneceu dentro do carro. Dois menores, ambos de 13 anos, também estavam na propriedade, em cuja fundiária o agredido se escondeu, após conseguir se livrar dos homens que o espancavam. Depois das agressões, os acusados fugiram em um carro rumo ao rio Piracolino.
Após acionar outra guarnição, os militares que atendiam a ocorrência foram até um balneário, onde encontraram o veículo descrito pelo chacareiro atacado. Os quatro suspeitos estavam sentados em um quiosque no estabelecimento de lazer, onde foram abordados, e dois deles confirmaram as agressões.
Um dos acusados, que é dependente químico, disse que havia passado a noite na casa da mulher que integrava o grupo. Ele confessou ter consumido drogas na residência da suspeita, que também é usuária de entorpecentes, mas alegou ter apenas emprestado o carro, do qual sequer desembarcou.
Os dois que admitiram o espancamento justificaram as agressões dizendo que o homem no qual eles bateram seria “pedófilo” e estaria impedindo um dos menores encontrados no local de voltar para casa. A mulher alegou que alguns dias atrás seu filho saiu de casa e não retornou.
A mãe do menor disse que, após o filho ligar pedindo ajuda, ela localizou a chácara onde ele estava e foi até lá, acompanhada dos companheiros, para resgatar o pré-adolescente. Essa mesma mulher, além de usuária de drogas, cumpre pena por tráfico e estaria envolvida com a facção criminosa TDR. A casa dela, onde já aconteceu um homicídio, é frequentada por outros dependentes químicos.
Ao conversar com os dois garotos, os policiais ouviram de ambos que eles trabalhavam para o homem atacado, “desempenhando diversos serviços de mecânica, coleta e reciclagem de lixo, mas que não percebem salário, apenas pequenas gorjetas que dividem entre si de acordo com o trabalho executado”.
Os dois meninos disseram ainda que o dono da chácara os acaricia e propõe a eles manter relação sexual com homens mais velhos em troca de dinheiro alimentação.
Diante dos fatos, todos os envolvidos na ocorrência, exceto os menores, receberam voz de prisão, foram informados de seus direitos e apresentados na Unisp. Foi encontrado na bolsa da mulher um invólucro contendo aproximadamente 1g de crack.
Os pré-adolescentes ficaram sob os cuidados de uma conselheira tutelar, que compareceu à Unisp, onde a ocorrência foi registrada. O veículo usado pelo grupo ficou estacionado no balneário, pois não havia disponibilidade de meios para a remoção.
Fonte: Folha do Sul
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