Boatos sobre segurança pública e saúde levam desinformação à população
Vilhena, RO - Nos últimos dias, a cidade de Vilhena, a maior do Cone Sul de Rondônia, tem sido palco de uma onda de desinformação que gera medo e confusão entre os moradores. Notícias falsas sobre temas delicados, como segurança pública e saúde, vêm sendo amplamente compartilhadas em redes sociais e grupos de WhatsApp, criando um cenário de incertezas.
Um dos casos mais alarmantes envolveu a foto de um veículo encontrado em chamas em um bairro da Cidade Verde 4. Uma página no Facebook divulgou o registro do carro incendiado com um título sensacionalista: "VILHENA NAS MÃOS DO CRIME!". O texto sugeria que o incêndio teria sido resultado de um ataque criminoso, além de mencionar supostos áudios atribuídos a bandidos que anunciavam assassinatos.
Contudo, as informações foram prontamente desmentidas pelas autoridades. A Polícia Civil esclareceu que o veículo passou por perícia da POLITEC, que descartou qualquer indício de incêndio criminoso, apontando uma pane elétrica como a provável causa do incidente. Além disso, a Polícia Militar, por meio do Comando do 3º BPM, divulgou nota na qual garante que “as informações não procedem” e reafirmando o trabalho vigilante das forças de segurança.
A desinformação também atingiu o setor de saúde, com boatos sobre um aumento expressivo de casos de Covid-19 na cidade. Em grupos de WhatsApp, o vídeo de um médico falando sobre cuidados com a doença foi utilizado fora de contexto. Embora o vídeo seja legítimo, ele foi gravado em 2022, durante um surto de Covid. Atualmente, os números estão muito abaixo dos registrados naquela época.
Segundo dados da Santa Casa de Chavantes, que administra o Hospital Regional de Vilhena e a UPA, no último mês de 2024 foram confirmados 28 casos de Covid, sendo sete entre funcionários. Em janeiro de 2025, houve apenas cinco casos confirmados, nenhum grave, com apenas um paciente internado atualmente.
As autoridades alertam a população para os perigos da disseminação de notícias falsas e orientam que informações sobre segurança e saúde sejam obtidas por canais oficiais e confiáveis. O compartilhamento de boatos não apenas compromete a segurança, mas também prejudica a confiança na informação, essencial para o bem-estar coletivo.
Fonte: Folha do Sul
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